sexta-feira, 3 de abril de 2009

Os Brancos de Olhos Azuis

Os Brancos de Olhos Azuis
Meraldo Zisman
Psicoterpeuta de jovem

Quando a autoridade máxima no Brasil afirma que os culpados da crise monetária internacional foram os banqueiros brancos de olhos azuis julgo ser esses escritos, retirados em parte, do Livro Marranismo (Edição Bagaço, Recife/PE -2005), bastante pertinente.
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RACISMMO REVERSO
Lembro que, todos nós no Brasil não passamos de filhos de imigrantes excetuando os ameríndios. Pouco importa se embarcados em portos africanos (compulsoriamente) ou da Europa, fugidos de perseguições, guerras, fome, falta de oportunidade... são cativos de pele alva. Não envolver a cor da pele como característica de brasilidade. Somos um país de maioria morena; os brancos têm direito também à cidadania brasileira. São tão brasileiros quanto os de outras colorações.
Voltando as nossas origens o pedido simbólico de Mario Soares então presidente da República Portuguesa em 1889, na sessão evocativa dos 500 anos do decreto de expulsão dos portugueses de Origem judaica em dezembro de 1996 no Parlamento Lusitano, da revogação do Decreto de Expulsão dos portugueses de fé mosaica, são exemplos de um processo de recuperação histórica (lento) das nações de língua portuguesa. Por mais difícil ou atrasada a democracia e a verdade sempre vencem. Livrar-se de Salazar e Franco, levou muito mais tempo que se livrar de Hitler, Mussolini e/ou os Stalins da História.
A influência dos judeus portugueses na formação do Brasil, seus bandeirantes, suas fugas e costumes preservados as escondidas para refugiarem-se do Santo Tribunal do Santo Oficio, homiziar-se mos sertões nordestinos, espalhando seus costumes e tradições do no povo sertanejo faz carecer a abertura dos departamentos universitária para estudo do marranismo. O Brasil, para se impor com nação líder da América Latina e de importância mundial tem que conhecer o seu passado. O futuro torna-se grandioso se dele podermos retirar ensinamentos pretéritos.
A Inquisição é a precursora do anti-semitismo moderno, e de seu expoente máximo, o nazismo. Mais de quatrocentos anos antes de Hitler, os portugueses precisavam comprovar até a oitava geração que não tinham sangue judeu na família quando acusados de seguir a Lei de Moisés. Na Alemanha nazista, exigia-se provar que não havia um judeu na ascendência até a quinta geração. (Será que no meu Brasil não estaremos implantando um racismo reverso?). Eu afirmo:
- TODA E QUALQUER FORMA DE PRECONCEITO É INJUSTIFICÁVEL?

Versalhes Tropical

Versalhes Tropical
Meraldo Zisman
Psicoterapeuta de Jovem


Na maioria dos programas televisivos de debates sobre os grandes acontecimentos nacionais e internacionais, a figura do Cientista Político quase sempre se faz presente. Creio ser tal presença muito boa para um melhor esclarecimento dos telespectadores. Pena que a maior parte limite-se aos canais por assinatura.
No dizer da professora Lucia Avelar da Universidade de Brasília (UnB), "o cientista político é um profissional capaz de criticar injustiças sociais e propor soluções políticas em um mundo onde alguns poucos têm privilégios e outros muitos vivem em condições subumanas concluindo: fatores intelectuais, morais e de justiça se entrelaçam na definição dessa carreira".
Prossegue a professora: "fazer política é encontrar a melhor forma de garantir os direitos e deveres dos cidadãos, levando em conta as diferenças entre os indivíduos e os interesses de cada um.A função do cientista político é poder trabalhar em assessorias de políticos, de partidos, sindicatos, organizações não-governamentais (ONGs); trabalhar em assessoria parlamentar de vereadores, deputados e senadores; trabalhar como analista político; produzir dados eleitorais, atuar em instituto de pesquisa; trabalhar com marketing político em campanhas eleitorais; ser gestor do governo, concebendo, implementando e avaliando as políticas públicas de diversas áreas do governo. Nas outras universidades o estudante entra no curso de Ciências Sociais e, ao se formar, faz mestrado ou doutorado na área de política". Assinala ademais: "O aluno aprende a teoria política clássica, moderna e contemporânea, baseada no pensamento de grandes nomes como Platão, Aristótele s, Maquiavel, Rousseau, Stuart Mill (...) sem esquecer-se dos brasileiros: Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Celso Furtado, etc."
No entender da professora, a localização do campus universitário do bacharelato em Ciências Políticas, no Distrito Federal, propicia ao corpo discente a facilidade de estar próximo ao centro do Poder Nacional (conferir maiores detalhes no site) (http://www.unb.br/graduacao/cursos/sobre/cienc_politica.php#topo.
Discordo da professora em um ponto - temo é a proximidade do Poder (brasileiro). Enfatizo a causa; o meu receio é a localização geográfica desse curso que, segundo fui informado, foi ou é o primeiro ministrado numa Universidade Publica Nacional e portanto, repito, de grande importância para a Nação. Mas voltemos ao assunto desses meus temores.
Sei que a mente do jovem é muito plástica. Bastante influenciável. Principalmente nos dias atuais, quando a civilização do ‘vencer na vida' domina tudo... Não importa como! Daí vem a minha indagação: O que esses moços podem aprender de bom com os políticos atuais? Salvo as exceções de praxe, muito pouco. E o pouco que possam aprender estará eivado de péssimas práticas e de um total desprezo pelos eleitores. Infelizmente.
Para terminar digo:
Fala-se tanto em reforma política; não seria melhor reformar primeiro a mentalidade dos homens públicos? Os pedagogos afirmam que quando se deseja, aprende-se, até com um mau professor. Tenho minhas dúvidas. Principalmente quando se está tão próximo da nossa nova Versalhes Tropical.